Cinco Pães e dois Peixinhos?
Is. 46:9-10 Lembrai-vos das coisas
passadas desde a antigüidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e
não há outro semelhante a mim; que anuncio
o fim desde o princípio, e desde a
antigüidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho
subsistirá, e farei toda a minha vontade;
Analisando
as maneiras de se expressar usadas por Deus desde o princípio, podemos
confirmar essa verdade tão velada, escondida nas entrelinhas da revelação e
disponível apenas, aos que podem ser chamados – amigos de Deus!
A começar
pelo episódio envolvendo Moisés, e a sarça ardente, uma analise mais profunda
nos evidencia o propósito de Deus de revelar o fim, desde o princípio. Afinal
Ele poderia declarar seu “nome”, ou a forma como Moisés deveria apresenta-lo ao
povo, de muitas maneiras distintas, mas o Altíssimo escolheu um “espinheiro”,
traduzido ao português por “sarça”, declarando de forma velada e profética a
Sua visitação futura, na pessoa do Deus Filho, Jesus Cristo.
Sim, “EU
SOU”, se apresentou do meio de um espinheiro que ardia e não se consumia, e
declara seu nome, elegendo essa maneira especial de se revelar, de se mostrar
aos homens!
Mais tarde,
ou, no fim, para ficar claro que ele revela o fim desde o começo, vemos a Jesus Cristo declarar, antes que Abraão fosse, “EU SOU”, e ele dá testemunho
de que era Deus, de que é Deus, e de que seguirá sendo Deus, ao se manifestar
aos homens como Rei, sendo crucificado com uma coroa de “espinhos”!!!
Sim, o
mesmo “Eu Sou”, que falava a Moisés do meio do espinheiro, agora fala aos
homens do meio da mesma planta, ao redor de sua cabeça, dando testemunho de
quem ele realmente era, desde a antiguidade.
Entrando
então no texto de Mateus 14:13-36, vamos analisar o que Deus nos estaria
revelando desde aquela época, e que se faz evidente para o tempo presente.
Vemos que
Jesus não permite que os discípulos dispensem a multidão, composta de Judeus e
Gentios, que depois de um dia de curas e milagres, não arredava pé da
presença do Senhor, Ele determina que a multidão se acomode, e declara aos
discípulos que estes é que devem dar de comer à multidão.
Jo. 6:35 Declarou-lhes Jesus. Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede.
Jesus
declara ser o verdadeiro pão, e os discípulos deveriam, eles, alimentar a multidão, ou
seja, eles deveriam levar as multidões à Jesus.
Muito bem,
mas também sabemos que Jesus é o Apóstolo da nossa confissão (Heb. 3:1),
Ele é Profeta (Jo. 4:19), Ele é Evangelista, o verdadeiro evangelho encarnado (Lc. 4:43), Ele é o Bom Pastor
(João 10:11), e ainda Ele é Mestre (Jo. 20:16).
Mas Jesus
declara explicitamente que os discípulos é que deveriam alimentar a multidão
(com o verdadeiro Pão da Vida), deveriam ser alimentados de Jesus, os
discípulos deveriam distribuir Jesus à multidão. O próprio Jesus, antes de
subir ao céu deu: uns como Apóstolos e outros como Profetas, outros como
Evangelistas, outros como Pastores e outros como Mestres, tendo em vista o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do Corpo
de Cristo (Ef 4:11). Podemos chamar então esses ofícios de “Cinco Pães”, eles são a manifestação de Cristo, eles são
responsáveis por revelar Jesus Cristo às multidões.
Os dois
peixinhos falam de 1º Uma multidão constituída de Judeus e Gentios, pois de
ambos o Senhor fez um só povo, mas ainda falam de 2º Uma “ERA”, um tempo, um
período, visto que o evangelho escrito nas estrelas, nos fala de um
tempo em que a Terra estaria
numa posição celestial particular, na constelação de Peixes, com duração
aproximada de 2.000 anos. Dois peixinhos
são o símbolo desta era de peixes, evidenciada em um peixinho ICHTUS, símbolo
do cristianismo.
Portanto,
Jesus diz aos discípulos que eles deveriam, usando seus ofícios para os quais
Ele mesmo os constituiu, por toda uma era, dar Jesus de comer às multidões!
Lemos ainda
que depois de comerem, 5 mil homens, e ainda mulheres e crianças, alimentada
que fora a multidão, ainda sobraram 12 cestos cheios! Is. 10:21-22 Um
resto voltará; sim, o resto de Jacó voltará para o Deus forte. Porque ainda que
o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um resto
dele voltará. Uma destruição está determinada, trasbordando de justiça.
Doze cestos
falam das 12 tribos de Israel, 12.000 de cada tribo, todos selados, os
restantes de todo povo, que passarão a alimentar as multidões com a revelação
de Cristo Jesus o Messias verdadeiro.
Mas antes
da destruição, da tribulação determinada como lemos, seguindo a leitura de Mateus
14, o Senhor OBRIGOU os seus discípulos a entrar no barco para atravessar o
mar, a fim de encontra-los do outro lado.
Sabemos da
Bíblia que o mar, são as nações (Ap. 17:15), e Jesus instrui seus discípulos a
atravessarem “as nações”.
Os “Cinco Pães”, devem ir pelas nações pelo prazo de “Dois
Peixinhos”, até que encontrem o Senhor do outro lado, (Mat. 14:34) em Genezaré
(que significa: “O Jardim do Senhor)
Quanto à
travessia, vamos ler sobre ela num próximo estudo!
Shalom
Arles
Marques